quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Newcastle, sedutora e apaixonante!


As famosas pontes...


Tyne Bridge!


The Sage visto de cima


O fálico Grey's Monument


Grey Street


Keep Castle, que foi de Guilherme o Conquistador!

Newcastle foi um assentamento romano, chamado na época de Pons Aelius, fundado pelo Imperador Adriano ao longo do rio Tyne, no século II. E ao longo do tempo, mesmo como menos de 300 mil habitantes, tornou-se uma das mais importantes cidades da Inglaterra.

A primeira impressão que se tem ao pisar na cidade é a de que é um centro poderoso, dinâmico, rico, bonito, influente; enfim, com tudo o que uma mulher procura em um homem! Desde o edifício da ferroviária, tudo o que se vê são amplas construções, modernas e medievais, muita gente indo e vindo, centenas de lojas, diversos teatros, cinemas, restaurantes, universidades, museus, parques, uma catedral, pontes impressionantes, um clube de futebol, ufa, e até um castelo. Um lugar que conseguiu conciliar beleza e conteúdo, em medidas iguais.

Newcastle é acima de tudo, um importante centro para compras, onde por sorte, há muito mais o que fazer. Além das centenas de lojas de rua, espalhadas em torno da imponente Grey Street, há diversos shoppings, sendo o Eldon Square o maior e melhor. Às margens do rio, na região chamada Quayside, muitos restaurantes, bares e cafés disputam espaço numa das mais belas áreas da cidade. De frente para as pontes, numa longa passarela, onde esporadicamente há mercados de rua (que vendem de tudo, desde comidinhas até raridades dos Beatles), é o local em que as pessoas se reúnem para apreciar o panorama da cidade, e por que não, o pôr do sol espelhado nas águas do Tyne.

Na região conhecida como Gateshead, que é do outro lado do rio, fica um dos maiores shoppings da Europa, o Metro Centre . Lá também ficam os empreendimentos mais modernos, como a galeria de arte Baltic (bem na frente da Milennium Bridge), que é gratuita e, além das exibições, tem também um café muito simpático. Vizinho à galeria, está o enorme centro de música The Sage Gateshead, um prédio todo espelhado, em forma de lesma (não sei o que mais pareceria!), onde acontecem eventos, shows e concertos.

Próximo ao rio, fica o pequenino e simpático Castle Keep , fundado por Henrique II em 1168, e moradia de Guilherme (ou William) “O Conquistador” mais tarde. O castelo é bem preservado, bem iluminado, bem sinalizado, mas tem uma arquitetura tão confusa, que a gente se perde. E como ele é muito vertical (como muitos dos monumentos fálicos da cidade...), para conhecer tudo é preciso subir e descer várias vezes, o que pode ser exaustivo e claustrofóbico para alguns (como eu, por exemplo!); mas mesmo assim, vale pagar as 3 libras do ingresso para conhecer!

Apesar de possuir um excelente sistema de metrô, não há nada como andar a pé em Newcastle, explorando cada viela escondida da Old Town, investigando cada brecha de história que acenar para você e sua máquina fotográfica, instigando-o a desvendar o passado que a marcou ou imaginar o futuro que a espera. Apesar de não ser muito grande, a cidade tem muitos desníveis e percorrê-la na carona de seus tênis é uma experiência um pouco SM, porque ao mesmo tempo em que é prazeroso, é também um sofrimento.

Mas este sofrimento compensa, na medida em que entrega ao sofredor as vistas mais espetaculares da cidade das pontes. Após conhecer a parte antiga da cidade, fui para o Quayside, conhecer a parte moderna. Como um voyeur, para ter idéia do que me esperava, precisei admirar de longe, por um tempo, todo o cenário surreal que as pontes compõem. Depois de admirar suas curvas, ousei atravessá-las, indo e vindo por cada uma delas, ao limite da exaustão. Pode parecer sexual, e foi. Após as preliminares na parte antiga, o êxtase aconteceu na parte nova de Newcastle. O vai-e-vem nas pontes foi o apogeu de um dia na cidade, que culminou com um esplêndido pôr-do-sol visto da mais alta das pontes, a Tyne Bridge, que se eleva a quase 162 metros de altura.

Com toda esta maratona, bateu aquela fome, e há muitas alternativas de lugares legais para comer. Nós almoçamos no agradável italiano Frankie and Bennys, mas há opções mais econômicas no Chinatown.

Devo admitir que é preciso ir prevenido à Newcastle, uma cidade onde tudo pode acontecer, até se apaixonar por ela. Deve-se desembarcar lá pronto para se entregar aos seus caprichos e desfrutar de seus prazeres. E quando terminar, eu garanto, você vai refletir e concluir que sim, que foi bom pra você!

4 comentários:

Ana Be. disse...

Oi, Marina!
Vou fazer um curso de Inglês rápido em Newcastle e, ao procurar informações sobre a cidade, encontrei este seu blog. Não posso deixar de lhe dizer que adorei sua forma de escrever. Inteligência, sensibilidade e humor na dose certa.
Um grande abraço!
Ana Beatriz.

Tábata Soares disse...

Vou viajar para Newcastle e buscava mais informações sobre a cidade. E qual não foi minha surpresa ao ler seu texto neste post! Simplesmente maravilhoso e empolgante. Antes mesmo de conhecer a cidade já me apaixonei somente com as suas mágicas palavras. Elas intensificaram o brilho dos meus olhos e me deram ainda mais vontade de que chegue logo. Que seja ótimo para mim!

Tábata Soares disse...

Vou viajar para Newcastle e buscava mais informações sobre a cidade. E qual não foi minha surpresa ao ler seu texto neste post! Simplesmente maravilhoso e empolgante. Antes mesmo de conhecer a cidade já me apaixonei somente com as suas mágicas palavras. Elas intensificaram o brilho dos meus olhos e me deram ainda mais vontade de que chegue logo. Que seja ótimo para mim!

Tábata Soares disse...

Vou viajar para Newcastle e buscava mais informações sobre a cidade. E qual não foi minha surpresa ao ler seu texto neste post! Simplesmente maravilhoso e empolgante. Antes mesmo de conhecer a cidade já me apaixonei somente com as suas mágicas palavras. Elas intensificaram o brilho dos meus olhos e me deram ainda mais vontade de que chegue logo. Que seja ótimo para mim!