sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Middlesbrough, em doses homeopáticas!


Chás e livros, no meio-tempo!


Albert Park


fontes e jardins


Biblioteca Pública


Teesside University

Cheguei a Middlesbrough dia 26 de setembro, debaixo de chuva. A julgar pela ferroviária, a cidade passa uma boa impressão. Estilo Vitoriano, limpa, preservada. Mas, após conversar com um morador da cidade, a impressão muda. Em poucos minutos ele sugere que em Middlesbrough não tem nada para fazer, que não tem nenhum atrativo em especial, que tem má reputação. E diante destes predicados nada simpáticos, decidi que no tempo em que morar aqui vou descobrir as razões pelas quais ele pode estar enganado.

Já tinha lido que a cidade foi eleita “a pior do Reino Unido para se morar” em 2007, numa votação popular. Entretanto, foi por conta disso e para resgatar a autoestima dos “Middlesbrourianos” (não faço ideia de como sejam chamados aqui!), que se ofenderam profundamente com esse título, que foram investidas milhares de libras em lazer, segurança e embelezamento da cidade. Sim, um “extreme makeover” tomou conta de Middlesbrough e, hoje, ela não é mais o patinho feio da Rainha.

Após três dias inteiros de chuva, fez sol. E estimulada por sua rara aparição por estas bandas, saí à procura destas recém adquiridas qualidades da cidade. E até que não me decepcionei...

A cidade é mínima, é possível fazer praticamente tudo a pé. Há praças, museus, parques, shoppings, fontes, bibliotecas, cinemas e teatros, tudo bem cuidado e imponente. Moro praticamente no centro, bem na frente da Teesside University, onde o Mário está fazendo seu pós-doc, e isso facilita minha missão de desbravadora.

Como tudo é muito pequeno e próximo, pus na cabeça que não posso explorar tudo de uma vez, senão o senso de descoberta acaba, junto com metade da graça. Assim, na medida da minha curiosidade e contida pelo medo de cair no tédio rápido demais, vou me apresentar aos poucos a essa pequena travessa. Sei que aqui há uma ponte famosa, paisagens industriais que inspiraram Ridley Scott a criar Blade Runner e o time de futebol, onde Juninho jogou. Mas estou protelando as principais atrações, como uma sobremesa que me apetece, mas que precisa ser degustada aos poucos.

Ontem, conheci o cinema Odeon, onde assisti “Comer, rezar e amar”(muito legal, apesar de o livro ser bem melhor!). O cinema é excelente; enorme, com 10 salas, que devem viver vazias. E será, certamente, visitado semanalmente por mim e pelo Mário, apesar das 8 libras que cobra por ingresso (lembre-se do lema brasileiro “Quem converte, não se diverte!” e curta sem culpa!).

Assim, com o compromisso de gostar de Middlesbrough, termino este texto. E em doses homeopáticas, vou desvendando essa cidade e postando minhas impressões! No meio-tempo, chás, livros e muitas escapadas aos finais de semana!

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