segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Restaurantes Brasileiros em Manchester e Londres


Chega de arroz basmatti e feijão enlatado!!!

O maior desgosto que um brasileiro provavelmente vai ter em UK é a gastronomia. A comida típica dos ingleses é o “Fish and Ships”, o tradicional filé de peixe empanado e frito com uma porção imensa de batatas fritas. Fora isso, os britânicos tradicionais têm como desjejum o “English Breakfast”, que é a inacreditável combinação de 2 lingüiças, cogumelos e ovos fritos, com torradas na manteiga e feijão doce com bacon, perfazendo um total de 540 calorias imediatas e alguns possíveis infartos no futuro.

A única boa lembrança dos hábitos culinários que se pode levar da terra da rainha é o chá das 5, desde que sem os imensos muffins e cookies caramelados. Por isso, para matar a saudade de uma “comida de verdade”, gostosa e saudável (o que só um bom prato de arroz com feijão pode fazer), é preciso ter em mãos uma lista de endereços de restaurantes brasileiros.

Na linha “jeitinho brasileiro”, muitos deles oferecem além de pratos típicos, shows de samba e pagode, assessoria para visto, dicas de emprego, acomodação e produtos importados da terrinha, que não são encontrados em mercados, como o café Pilão, Nescau, Bono, Zero Cal, guaraná, pão de queijo, e assim vai...

Em Manchester, as opções não são muitas, mas são ótimas! Para um café-com–leite matinal, um almoço informal, um lanchinho feliz ou mesmo umas comprinhas tupiniquins, a dica é o Boteco do Brasil, que fica dentro do Shopping Arndale . Além de um atendimento super simpático, eles oferecem saborosos pratos, por 4,5 Libras, fazem doces e salgados por encomendas e estão super abertos a sugestões dos clientes para incorporar novas delícias ao menu.

Para ocasiões mais festivas e formais, há duas opções de rodízios: o Pau Brasil e o recém inaugurado Tropeiro. Com preços que variam de 12,50 a 25 Libras, dependendo se é almoço ou jantar, ambos trazem grande fartura de cortes em um ambiente de sofisticação e acolhimento, o que só um brasileiro sabe proporcionar!

Para quem está em Londres, as opções são muitas, e abaixo listo os mais conhecidos e bem falados cafés, rodízios e restaurantes típicos brasileiros. Para saber preços, horários de funcionamento e como chegar, é só clicar nos links!

Barraco Buffet
Feijão do Luis
Guanabara
Made in Brasil
Raízes
Casa Brasil
Rodizio Rico

Outras opções e avaliações de restaurantes, você encontra nas páginas amarelas do OI LONDRES

Espero que com essas dicas você consiga matar a sua fome de “comida de verdade”, e também, um pouquinho da sua saudade do Brasil!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Whitby - um lugar para escrever o nome na história!


Vista do píer!


O famosos Mapgpie Caffe


Pequena torre no extremo do píer


Terra à vista!!!


Homenagem ao descobridor da Austrália!


Ruínas da Abadia de Whitby!







Pense rápido: o que Drácula, Santa Hilda e o capitão James Cook,têm em comum?

Pois bem, fora o fato de que os três já morreram (e de que o primeiro deve ter ido para o inferno, de que a santa deve ter ido para o céu e que o capitão deve estar perambulando em navios-fantasma mundo afora), todos têm a cidade de Whitby como a maior testemunha de seus feitos.

Ao norte da Inglaterra, a três horas de Manchester (de trem) e a 40 minutos de Scarborough (via ônibus Arriva – 93 ou 93 X – que têm saídas de hora em hora), encontra-se a pequena Whitby, com sua singela praia, dramáticos penhascos e uma linda marina rodeada por casinhas de pedra da idade média. A “Old Town”, ou cidade Velha, é marcada pelas casinhas amontoadas em torno do porto. Ao alto da colina, a St Mary’s church, próximo a ela, as ruínas da Whitby Abbey. A cidade reflete um passado tão célebre, que seu aparente anonimato só pode ser fruto da modéstia típica dos ingleses.

A história de Whitby remonta ao século VII, quando Hilda, a filha do primeiro rei cristão da Inglaterra fundou o monastério de Whitby em 657, que mais tarde veio a ser a Abadia de Whitby. Depois de viver 33 anos na corte, com todos os luxos que podia ter, sendo cortejada por todos, retirou-se com a irmã e algumas companheiras para as margens de um rio, para viver religiosamente. Seu estilo de vida inspirou muitas pessoas a agir da mesma forma, e muitos milagres foram atribuídos a ela, como o de ter tornado Caedmon - um trabalhador analfabeto da igreja - no que hoje é considerado por muitos, de o pai dos poetas ingleses. Com isso, a boa moça acabou santificada e assim, imortalizada. Já a abadia, foi destruída posteriormente por Henrique VIII, o mesmo que guilhotinou a sua esposa Ana Bolena (entre outras muitas maldades) e que se tornou líder da igreja anglicana.

Mil anos depois, a cidade abrigou o pioneiro da exploração do Oceano Pacífico e descobridor da Austrália, o ilustre comandante James Cook. Nascido em Marton-in-Cleveland, Yorkshire; em 1746, ele se mudou para Whitby, onde estudou náutica, matemática e astronomia. Dez anos depois, Cook ingressou na Marinha britânica e foi incumbido de fazer as três viagens de circunavegação que acabaram por torná-lo um dos maiores cartógrafos e exploradores da história . Em uma delas, o capitão passou até pelo Rio de Janeiro (deve ter deixado alguns marujinhos no porto de lá!)!

Quase 200 anos depois das façanhas do Capitão Cook, foi a vez de Bram Stocker escrever seu nome na história de Whiby. Foi lá que sua criação mais ilustre deu o sangue, ou melhor, bebeu o sangue de vítimas indefesas. Muitas passagens de Drácula, a obra que o "consa(n)grou", passam-se em seus penhascos e na mórbida Saint Mary’s Church, a igreja que é inteiramente feita de madeira por dentro e cercada por centenas de túmulos pelo lado de fora.

Hoje, Whitby recolhe os frutos de seu passado célebre. Multidões de turistas circulam por todos os lados, alguns góticos, idolatrando vestígios de Drácula, outros embarcando em cruzeiros de um dia na réplica do “Endeavour”, o navio que levou o Capitão Cook a desvendar os sete mares, e muitos a comer fish & ships no tradicional Magpie Caffe após horas na fila em busca de uma mesa que os reportasse aos tempos em que o lugar era um ponto de encontro de marujos e altos oficiais da marinha britânica.

Para apreciar tanta história, é preciso certo afastamento no tempo; para apreciar toda sua graça, um certo afastamento no espaço, por isso, se um dia for a Whitby, prepare-se para enfrentar a resistência dos ventos e rumar pelo píer até o seu final. De lá, sim, será possível enxergar o porquê dessa pequena notável ter inspirado tanta gente a brilhar... Quem sabe, o próximo a brilhar não pode ser você?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Um cenário de cinema chamado Robin Hood’s Bay!


Casas na ladeira



Praia de pedras...


Mar de telhados


Natureza selvagem


Vista do penhasco


Arranjo de marujo










O que hoje é uma tetéia turística encravada nas íngremes colinas da costa norte da Inglaterra, esconde (ou revela, ainda não sei...) um passado arqueológico riquíssimo, histórias de pirataria, paixões proibidas, crimes e perseguição. A 3 horas de Manchester, e a 40 minutos de ônibus (Arriva, Número 93, saindo da estação ferroviária de hora em hora) de Scarborough, fica a mágica Baía de Robin Hood.

Milhões de anos atrás, a região que hoje abriga a pequena vila era mar profundo. Por conta disso, é lá um dos melhores sítios para pesquisa de fósseis em UK. Com o passar do tempo, formou-se a baía, que por volta do ano de 1500, foi colonizada pelos noruegueses, atraídos pelo solo fértil e abundância de peixes. Dado o relevo tortuoso da baía, a ocupação destes marinheiros migrantes gerou muitas vielas, ruas estreitas, passagens subterrâneas, becos sem saída...

Muitos marinheiros foram atraídos pela fama do local e assim, a baía acabou chamando a atenção de piratas, que saqueavam as embarcações, e de contrabandistas, que revendiam os peixes roubados. Com isso, brigas, mortes, prisões, vinganças, fugas espetaculares, crimes, paixões... Formava-se o cenário perfeito para inspirar histórias de cinema.

O nome da baía permanece um mistério. Não há registro algum de que o folclórico Robin Hood tenha passado pela baía. O que se cogita é que derive da lenda antiga de Robin Hood, nome de um espírito da floresta, que era amplamente difundido pelo país muito tempo antes de surgir o mito do caridoso ladrão!

A verdade é que essa herança fora-da-lei, tão bem preservada, faz da baía um imã para cultuadores do imaginário, um ponto de convergência de poetas, marujos pretensos ou de fato, mulheres românticas e apreciadores de um quase anônimo refúgio da natureza. Sim, porque a natureza hostil do lugar também atrai animais selvagens, como patos e gansos, que em meio ao vento ensurdecedor que varre a baía, se banham nas águas geladas, entre rochedos e algas, num ritual bonito de se observar...

E é só isso ó que nos cabe diante de um cenário tão mítico, intocado e diversificado: observar, ser expectador de um filme que há muito começou e que se depender da magia do lugar, nunca vai terminar de rodar...


O barulho do vento, o silêncio do mar e o caminhar do Mário


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Scarborough Fair


















Quem já não escutou a linda canção “Are you going to Scarborough Fair”, de Paul Simon e Garfunkel, que embala o relacionamento do mau elemento Ben Braddock, interpretado por Dustin Hoffman, com sua namorada e sua “sogra” (mais conhecida como Mrs Robinson) no clássico “A primeira noite de um homem”?

Pois sim, a feira entoada na balada é uma das diversas versões que derivam de causos da idade Média. Isso porque ela foi criada pelo Rei Henrique III, em 1253, para os comerciantes de Scarborough, em Yorkshire, ao norte da Inglaterra. O evento durava 45 dias do ano e foi realizado de até 1788.

Este final de semana, tomei um trem a partir de Manchester, e 44 Libras depois (o exorbitante preço da passagem) e duas horas e meia de viagem, cheguei para conferir o balneário chique da Inglaterra, imortalizado nas bocas de trovadores e de roqueiros do nosso tempo.

A primeira impressão é a de uma cidade sofisticada, apesar do pouco tamanho. Com um SPA de luxo, teatros elegantes, restaurantes estrelados, hotéis exuberantes e uma praia simpática, mas pouco amigável, Scarborough parece uma fotografia. Tudo é bem colorido, organizado, harmonicamente construído para ser apreciado de um ângulo distante. A enseada da praia, em “c”, emoldurada por colinas verdes; no topo, as ruínas do castelo de 1154, habitado por Henrique II; na base, cassinos, rodas-gigante, Fish & Chips e uma marina cheia de embarcações e gaivotas, relembrando que um dia a cidade foi uma importante base de negócios pela sua posição privilegiada no mapa de UK.

A feira não existe mais, mas deixou de herança um Mercado, que vende de comida a souvenirs, sem a pretensão de ficar para a história sob o “reinado de Gordon Brown”...

Um dia é o suficiente para explorar Scarborough. A caminhada para o castelo pode render belas paisagens, porque conduz da baía Norte à Sul, costeando a praia do alto. A visita às ruínas do castelo, entretanto, é paga, então como minha idéia era economizar, fiz do caminho em si o meu destino, e sem rumo certo por tomar, apreciei a beleza natural e a medieval, perdendo-me pelas ladeiras no entorno sinuoso e fotogênico da enseada.

Neste cenário de tirar o fôlego, esqueci que era turista, fui uma feirante da história, escolhendo entre os melhores ângulos para focar e, devagar, fui enchendo meu “carrinho” de lindas imagens para congelar na memória e saborear sempre que tiver fome de passado, de viver, de sonhar...

Eu fui, e você, “are you going to Scarborough Fair”?



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Coisa de cinema!



Ir ao cinema aqui em UK é uma diversão. Há tantas opções de salas, que quem sai ganhando mesmo é a audiência. As mais populares são as do grupo Odeon (presente também dentro do complexo Printworks, em Machester) e Cineworld, que estão espalhadas em todas as maiores cidades. São bem semelhantes ao padrão Cinemark no Brasil: cadeiras confortáveis, petiscos, pipocas e ingresso salgados!.

Mas quem quer mais do que assistir um filme, pode optar por um “cinema experience”. Em Manchester, para quem gosta de cinema independente, pode-se assistir a filmes estrangeiros descolados no Cornehouse, um espaço alternativo que contém café e galerias de arte e vive badalado.

Se a idéia é assistir aos filmes do momento, uma sugestão é ir ao Savoy, um simpático e antigo cinema (o meu preferido, diga-se de passagem!), no bairro de Heaton Moor, em Stockport, que tradicionalmente, após rodar os trailers dos próximos filmes e antes de iniciar o que está em cartaz, fecha suas cortinas e faz uma inesperada pausa: num momento de suspense, desce por seu corredor central, o simpático funcionário que estava na bilheteria, carregando uma bandeja de variados sorvetes e fica plantado em frente à tela até que os presentes formem uma fila e comprem com ele os seus preferidos. Passada a larica coletiva, o funcionário retorna à bilheteria e ao término da sessão fica na saída, agradecendo pela presença e se despedindo de todos. Algo divertido e que se tornou uma atração local respeitada! Ah, o valor do ingresso é o menor de todos: 4,5 Libras por pessoa.

Em Londres, é famoso o Empire, com suas cinco salas ultra-modernas na Leicester Square. É lá onde acontecem muitos lançamentos de filmes, com a participação das estrelas principais para o deleite dos tietes de plantão.

Caso a idéia seja sentir-se uma estrela, em vez de apreciá-las desfilando sobre o tapete vermelho, com algumas libras a mais, basta ir ao Eletric Cinema, no bairro de Notting Hill, também em Londres, e sentar-se em uma de suas estupendas poltronas, tomando champanhe e degustando uma seleção gourmet caprichada, feita na hora pelo chef. O cinema relembra um palácio por dentro e exibe uma quantidade imensa de filmes por mês.

Em Edimburgo, a atração é o Film House Cinema , que já foi uma igreja e hoje é palco do Festival Internacional de cinema da cidade. Com o programa mais variado da Escócia, o cinema já teve entre seus presentes Martin Scorsese, Andrei Tarkovsky, Sean Connery e James Mason.

No verão, em muitas cidades são montados cinemas a céu aberto, o que gera uma atmosfera mágica e inesquecível!

Dicas: os ingressos custam de 5 a 20 Libras, dependendo do cinema, da sessão e do dia da semana, mas a maioria dos cinemas oferece cartões fidelidade, com descontos progressivos de acordo com a freqüência do usuário. Outra coisa, quem tem celulares da Orange, pode comprar 2 ingressos pelo preço de 1 às quartas-feiras!

Com tantas alternativas, “pegar um cineminha” se tornou parte obrigatória do roteiro de quem passa pelo UK!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

UK: Paraíso das compras



Há um mito generalizado de que quando os preços estão em Libras Esterlinas, tudo é caro! De fato, seja "caro, seja coroa", a Libra vale muito, no momento, aproximadamente quatro vezes o valor do Real; mas achar que em UK não existem bons negócios, isso já é um grande equívoco!

Primeiro, porque há muitas lojas de departamentos, que vendem desde roupas de bebê até aparelhos para academia, e vira-e-mexe fazem enormes promoções. Esse é o caso da tradicional e elegantíssima Harrods, em Londres e da Debenhams, que possui mais de 147 lojas espalhadas pelo reino Unido, faz vendas online e em 2008 foi eleita a melhor loja de departamento pelos britânicos.

Depois, porque em UK há também a Primark, com preços imbatíveis e inacreditáveis. Os valores das roupas e acessórios é tão baixo (casacos de lã, botas, calças, vestidos, ternos, malas para viagem e muitos outros artigos, podem ser comprados por menos de 10 Libras!), que recentemente se levantou a suspeita de que entre os fornecedores na índia, haviam crianças trabalhando. Até hoje a história é mal contada, mas nada mudou na política da empresa aparentemente, porque os preços permanecem baixíssimos e as lojas lotadas!

Para eletrônicos, a Comet, presente em várias cidades de UK, oferece produtos de todos os tipos, com descontos que valem à pena! Já para os artigos esportivos, a melhor opção é a Decathlon, que conta com uma quantidade imensa de produtos, oferecendo desde tênis para academia até equipamentos de pesca e equitação! Uma passada por lá desperta o lado atleta de qualquer sedentário que se preze!

Além destas opções, vale destacar também o Trafford Centre, em Manchester, que com seus 1.478,387 metros quadrados é um dos maiores shoppings da Europa. Para bolsos menores e mentes mais abertas, uma alternativa são os muitos brechós de UK. Em cada esquina se encontra um diferente, a maioria mantida por meio de doações de lojas e pessoas que doam seus pertences (muitas vezes com etiquetas ainda!) a fim de colaborar com as mais variadas causas que eles suportam: pessoas acometidas por câncer, diabetes, paralisia cerebral, crianças da África, etc.. Um dos mais conhecidos brechós de UK é ligado à Oxfam, uma ong que visa combater a pobreza no mundo.

O único problema de ter tantas opções para gastar é que se corre o risco de apelar para o consumismo excessivo e colaborar para a extinção de espécies, aquecimento global, poluição e por aí vai... Por isso, sugiro que antes de abrir a carteira para as boas surpresas que a Libra pode oferecer, sugiro que abra seus olhos e pense se realmente precisa de tudo aquilo que está prestes a comprar! Feito isso, desejo a todos, boas compras em UK!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Licença Poética II: Freibrurg, a cidade que é um sonho!



























Era uma vez uma cidade encantada, com casinhas medievais, castelos, lojinhas floridas e doceiras fabulosas a cada esquina. Em suas ruinhas estreitas de paralelepípedos, dividiam espaço pessoas, bondes, bicicletas, trens e carros, numa desordem organizada que dispensava vigilância para funcionar. Nesse vai-e-vem de pessoas, era possível esbarrar com Lance Amstrong, ou um dos competidores do Tour de France, que já passaram ali por 4 vezes.

A pequena cidade era emoldurada por uma romântica floresta e riachos rasinhos floridos. Colinas coloridas por árvores outonais evocavam passeios ao entardecer; com direito a degustação de maçãs fresquinhas, colhidas na hora pelo caminho e prováveis encontros com lobos, lenhadores, vovozinhas e até a Chapeuzinho vermelho, que dizia a lenda, costumava passear por aquelas bandas...

Por volta das 6 da tarde, tocavam todos os sinos de igrejas da cidade onde morou o ilustre teólogo Erasmo de Rotterdam há quase 500 anos. Para fazer coro, tocavam também os cucos, os carismáticos relógios de parede, natos da região. E com toda a algazarra que faziam, lembravam a todos que era hora de apetecer o paladar e deliciar-se com uma fatia da legítima “Floresta Negra” em um charmoso café, enquanto o sol ía se pondo entre as copas das árvores que envolviam aquela mágica atmosfera.

Quando chegava a noite fria, após um dia de faz-de-conta ao som de violinos, a cidade encantada convidava para um drink, delicadamente servido em uma casa de vinhos, ou na “enoteca” típica da região.

E na hora de dormir, embriagando os sentidos também por sua beleza, despertava em todos a certeza de que se estava ainda sonhando e de que enquanto existisse Friburg, sonho e realidade seriam um; um conto de fadas para guardar de recordação no livro de fotos, no blog, no coração...

Dicas:

Para chegar a Friburg via Manchester, a Lufthansa oferece vôos diretos que em menos de 2 horas chegam ao Euroairport, na Basiléia.

De lá, pode-se tomar um trem para Friburg, ou um ônibus (70 Euros ída e volta aberta). Neste caso, é preciso sair pela fronteira francesa, não suíça.

É perfeitamente possível ficar à pé na cidade, ou de bicicleta, que pode ser alugada ao lado da estação de trem. Para mais informações, guias e mapas, vá ao Centro de Informações: Rathausplatz 2 - 4, que fica em frente à catedral.

Detalhe: em Friburg só se fala alemão e poucos lugares oferecem menu em inglês. É recomendável um dicionário para viagem no bolso!

Ah, e na volta, para embarcar, nada de partir "à francesa", opte pela fronteira suíça, porque Freiburg é graciosa demais para uma saída sem despedidas!

Orquestra no centro