Era uma vez uma cidade encantada, com casinhas medievais, castelos, lojinhas floridas e doceiras fabulosas a cada esquina. Em suas ruinhas estreitas de paralelepípedos, dividiam espaço pessoas, bondes, bicicletas, trens e carros, numa desordem organizada que dispensava vigilância para funcionar. Nesse vai-e-vem de pessoas, era possível esbarrar com Lance Amstrong, ou um dos competidores do Tour de France, que já passaram ali por 4 vezes.
A pequena cidade era emoldurada por uma romântica floresta e riachos rasinhos floridos. Colinas coloridas por árvores outonais evocavam passeios ao entardecer; com direito a degustação de maçãs fresquinhas, colhidas na hora pelo caminho e prováveis encontros com lobos, lenhadores, vovozinhas e até a Chapeuzinho vermelho, que dizia a lenda, costumava passear por aquelas bandas...
Por volta das 6 da tarde, tocavam todos os sinos de igrejas da cidade onde morou o ilustre teólogo Erasmo de Rotterdam há quase 500 anos. Para fazer coro, tocavam também os cucos, os carismáticos relógios de parede, natos da região. E com toda a algazarra que faziam, lembravam a todos que era hora de apetecer o paladar e deliciar-se com uma fatia da legítima “Floresta Negra” em um charmoso café, enquanto o sol ía se pondo entre as copas das árvores que envolviam aquela mágica atmosfera.
Quando chegava a noite fria, após um dia de faz-de-conta ao som de violinos, a cidade encantada convidava para um drink, delicadamente servido em uma casa de vinhos, ou na “enoteca” típica da região.
E na hora de dormir, embriagando os sentidos também por sua beleza, despertava em todos a certeza de que se estava ainda sonhando e de que enquanto existisse Friburg, sonho e realidade seriam um; um conto de fadas para guardar de recordação no livro de fotos, no blog, no coração...
Dicas:
Para chegar a Friburg via Manchester, a Lufthansa oferece vôos diretos que em menos de 2 horas chegam ao Euroairport, na Basiléia.
De lá, pode-se tomar um trem para Friburg, ou um ônibus (70 Euros ída e volta aberta). Neste caso, é preciso sair pela fronteira francesa, não suíça.
É perfeitamente possível ficar à pé na cidade, ou de bicicleta, que pode ser alugada ao lado da estação de trem. Para mais informações, guias e mapas, vá ao Centro de Informações: Rathausplatz 2 - 4, que fica em frente à catedral.
Detalhe: em Friburg só se fala alemão e poucos lugares oferecem menu em inglês. É recomendável um dicionário para viagem no bolso!
Ah, e na volta, para embarcar, nada de partir "à francesa", opte pela fronteira suíça, porque Freiburg é graciosa demais para uma saída sem despedidas!
Orquestra no centro
Um comentário:
Ma, incrivel tudo: fotos, video e o texto. Consultar seu blog esta muito saindo melhor do que muitas revistas de viagens.
Saudades, viu!
beijos
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