segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Outono em York!


Little Shambles e seus paralelepípedos mutantes!


York Minster


Uma das lindas praças...


Em casa, no tradicional Grey's Court!


Um tour pela muralha, o melhor city tour!


Pose na muralha!


Um dos pecados que se comete em York!


Memórias de York no inverno!

Neste domingo, fui pela terceira vez à York. A primeira foi no verão de 2008, a segunda no inverno de 2009 e a terceira, no outono de 2010! Em cada uma das estações, uma impressão diferente da cidade; em todas, a mesma vontade de retornar...

Na primeira vez, captei seu charme inegável. Belas fachadas, o paisagismo exuberante, a efervescência cultural. Multidões de pessoas em pubs, comprando lembranças nas lojas pequeninas, fazendo piqueniques nos bancos das praças e parques. Era tanta gente, que não se via o paralelepípedo característico no chão da mais famosa rua da cidade, a Shambles (que no passado era onde ficavam os açougues), conhecida por ser a mais bem preservada rua medieval no mundo. Apreciei por fora o York Minster (cobram-se salgadas 7 libras pela visitação), a maravilhosa catedral da cidade, conheci o museu viking Jorvick, que evoca a herança viking da cidade e, para fechar, almocei em um pub típico, o local que mais do que qualquer museu do UK, cultua e dissemina a herança viking dos ingleses!

Na segunda vez em que estive em York, um cenário completamente diferente. A visita foi marcada pela maior nevasca que já vi. O branco do York Minster parecia ter derretido pelo solo da cidade e encoberto tudo, como um manto sobre o sofá novo, que nos impede de conhecer a sua verdadeira natureza. Os paralelepípedos, o paisagismo imaculado, os telhados tortos de madeira, que datam de mais de mil anos atrás, tudo ficou submerso pela neve. O frio insuportável repeliu as pessoas para dentro de museus, lojas, igrejas e restaurantes, e as ruas antes efervescentes, ficaram vazias, fazendo-me imaginar que toda a ira dos vikings, a gana de lutarem e conquistarem novas terras, eram, no fundo, uma tentativa de se aquecerem, já que em casa não tinham central heating, pantufas, nem polainas à disposição. Meu passeio terminou num bistrô quentinho, muito bem acompanhada pelo maridão e por um prato de sopa.

Meu terceiro passeio em York foi o melhor. Os paralelepípedos não eram mais coloridos, sufocados pelos calçados da multidão que os pisoteavam barbaramente no verão, nem brancos de neve, escondidos pela força do inverno; agora eles são dourados, cobertos por folhas poéticas que despencam ao poucos de árvores centenárias, nos convidando a desfrutar de toda a cidade, in e outdoors. Para celebrar esse convite que a cidade fazia, começamos caminhando pela margem do rio Ouse, onde entre cisnes e patinhos, circulam barcos turísticos e canoístas. Depois, tomamos o caminho da muralha, que mais do que ao passado medieval, conduz ao melhor city tour que se pode fazer em York, acessando por pontos alternativos, os tradicionais ícones da cidade.

A muralha desemboca em algumas saídas e cada uma delas revela um tesouro escondido. Eu e o Mário escolhemos descer pelos fundos da Grays Court, não só pela beleza do lugar, como pela fome que já se manifestava. O lugar é o mais interessante que podíamos encontrar para almoçar, sim, porque além de ser praticamente um museu, é um restaurante inusitado. A casa foi construída pelo primeiro arcebispo normando de York, em 1080 para servir como residência do ministro do Tesouro. No passado da residência, há fatos como ela ter sido ponto de encontro e servido como hospedaria para diversos monarcas, entre os quais James I, Eduardo VI, filho de Henrique VIII e o Duke de York. Duelos fatais e nomeações de cavalheiros aconteceram em seus aposentos e por conta disso, há inúmeras histórias de fantasmas assombrando a propriedade. Hoje, a casa serve pratos deliciosos num ambiente completamente informal. As pessoas se sentam em sofás, ao piano, em frente à lareira, onde quiserem, podem ler as revistas e livros, que estão à disposição, e fazer suas refeições como se estivessem em suas próprias casas. O máximo!

Após o almoço, conhecemos a simpática galeria de arte, que é gratuita e está com uma exibição bem divertida sobre a arte da fantasia, expondo desenhos e pinturas de fadas, duendes e criaturas sobrenaturais. Dali, rumamos para a Shambles street, com suas lojas tentadoras e exploramos todas as ruinhas no entorno. Com o clima agradável, mas frio, não havia tantos turistas como no verão, nem tão poucos como no inverno. Foi possível desbravar quase tudo, assistir a shows de rua, curtir a natureza dos parques, enfim, aproveitar a cidade, sem estresse.

Descobrimos que haveria uma missa com coral à tarde no York Minster, para o qual não é preciso pagar, apenas chegar com antecedência. Foi o que fizemos! Era a oportunidade perfeita para conhecermos, enfim, a catedral e ainda assistir a um coral. E foi lindo... A catedral é deslumbrante, toda feita em mármore, com a maior coleção de vitrais da Europa. Para quem quer fugir do ingresso, vale se informar sobre o horário das missas (que são extremamente íntimas, medievais e participativas!) e comparecer.

Com o espírito purificado dos desejos consumistas e pecados da gula que cometemos na cidade, rumamos para a área do Castle Museu(diferentemente da maioria absoluta dos museus do UK, este cobra entrada) e do castelo, com a fotogênica Clifford’s Tower no topo de uma colina. Ambos estavam fechando, então não pudemos conhecê-los, mas quem conhece diz que são incríveis e que valem uma visita!

Fechamos o passeio no National Rail Museum, que fica atrás da estação ferroviária. O museu aborda a história do sistema ferroviário e expõe muitos vagões dos trens utilizados na malha do UK, inclusive vagões Reais, nos quais viajaram os monarcas no passado. É superinteressante e diferente de todos os museus. Além de ser gratuito, ele fecha só às 18 hs, o que facilita uma visita de última hora...

Mas como nem tudo são flores, faltou tempo para fechar o roteiro, faltou dinheiro para comprar lembrancinhas, faltou ver York desabrochar... Não importa, York é um destino que se renova, convidando o mundo a reconquistá-lo. Resta-me dar tempo ao tempo e aguardar por um convite futuro de seus paralelepípedos, para um passeio florido, na primavera do UK!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Newcastle, sedutora e apaixonante!


As famosas pontes...


Tyne Bridge!


The Sage visto de cima


O fálico Grey's Monument


Grey Street


Keep Castle, que foi de Guilherme o Conquistador!

Newcastle foi um assentamento romano, chamado na época de Pons Aelius, fundado pelo Imperador Adriano ao longo do rio Tyne, no século II. E ao longo do tempo, mesmo como menos de 300 mil habitantes, tornou-se uma das mais importantes cidades da Inglaterra.

A primeira impressão que se tem ao pisar na cidade é a de que é um centro poderoso, dinâmico, rico, bonito, influente; enfim, com tudo o que uma mulher procura em um homem! Desde o edifício da ferroviária, tudo o que se vê são amplas construções, modernas e medievais, muita gente indo e vindo, centenas de lojas, diversos teatros, cinemas, restaurantes, universidades, museus, parques, uma catedral, pontes impressionantes, um clube de futebol, ufa, e até um castelo. Um lugar que conseguiu conciliar beleza e conteúdo, em medidas iguais.

Newcastle é acima de tudo, um importante centro para compras, onde por sorte, há muito mais o que fazer. Além das centenas de lojas de rua, espalhadas em torno da imponente Grey Street, há diversos shoppings, sendo o Eldon Square o maior e melhor. Às margens do rio, na região chamada Quayside, muitos restaurantes, bares e cafés disputam espaço numa das mais belas áreas da cidade. De frente para as pontes, numa longa passarela, onde esporadicamente há mercados de rua (que vendem de tudo, desde comidinhas até raridades dos Beatles), é o local em que as pessoas se reúnem para apreciar o panorama da cidade, e por que não, o pôr do sol espelhado nas águas do Tyne.

Na região conhecida como Gateshead, que é do outro lado do rio, fica um dos maiores shoppings da Europa, o Metro Centre . Lá também ficam os empreendimentos mais modernos, como a galeria de arte Baltic (bem na frente da Milennium Bridge), que é gratuita e, além das exibições, tem também um café muito simpático. Vizinho à galeria, está o enorme centro de música The Sage Gateshead, um prédio todo espelhado, em forma de lesma (não sei o que mais pareceria!), onde acontecem eventos, shows e concertos.

Próximo ao rio, fica o pequenino e simpático Castle Keep , fundado por Henrique II em 1168, e moradia de Guilherme (ou William) “O Conquistador” mais tarde. O castelo é bem preservado, bem iluminado, bem sinalizado, mas tem uma arquitetura tão confusa, que a gente se perde. E como ele é muito vertical (como muitos dos monumentos fálicos da cidade...), para conhecer tudo é preciso subir e descer várias vezes, o que pode ser exaustivo e claustrofóbico para alguns (como eu, por exemplo!); mas mesmo assim, vale pagar as 3 libras do ingresso para conhecer!

Apesar de possuir um excelente sistema de metrô, não há nada como andar a pé em Newcastle, explorando cada viela escondida da Old Town, investigando cada brecha de história que acenar para você e sua máquina fotográfica, instigando-o a desvendar o passado que a marcou ou imaginar o futuro que a espera. Apesar de não ser muito grande, a cidade tem muitos desníveis e percorrê-la na carona de seus tênis é uma experiência um pouco SM, porque ao mesmo tempo em que é prazeroso, é também um sofrimento.

Mas este sofrimento compensa, na medida em que entrega ao sofredor as vistas mais espetaculares da cidade das pontes. Após conhecer a parte antiga da cidade, fui para o Quayside, conhecer a parte moderna. Como um voyeur, para ter idéia do que me esperava, precisei admirar de longe, por um tempo, todo o cenário surreal que as pontes compõem. Depois de admirar suas curvas, ousei atravessá-las, indo e vindo por cada uma delas, ao limite da exaustão. Pode parecer sexual, e foi. Após as preliminares na parte antiga, o êxtase aconteceu na parte nova de Newcastle. O vai-e-vem nas pontes foi o apogeu de um dia na cidade, que culminou com um esplêndido pôr-do-sol visto da mais alta das pontes, a Tyne Bridge, que se eleva a quase 162 metros de altura.

Com toda esta maratona, bateu aquela fome, e há muitas alternativas de lugares legais para comer. Nós almoçamos no agradável italiano Frankie and Bennys, mas há opções mais econômicas no Chinatown.

Devo admitir que é preciso ir prevenido à Newcastle, uma cidade onde tudo pode acontecer, até se apaixonar por ela. Deve-se desembarcar lá pronto para se entregar aos seus caprichos e desfrutar de seus prazeres. E quando terminar, eu garanto, você vai refletir e concluir que sim, que foi bom pra você!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Intercâmbio na Inglaterra


Desembarcando feliz na Terra da Rainha!


São muitas as motivações que podem levar alguém a fazer um intercâmbio na Inglaterra: aprender a língua em sua origem, preparar-se para algum dos temidos testes de proficiência, como o IELTS, o sonho de cursar universidades mundialmente reconhecidas (Oxford, Cambridge, os maravilhosos colleges do UK...), viver na Europa, adquirir desenvoltura, etc.

Todas estas são razões legítimas e louváveis, mas sem um conjunto de providências e cuidados essenciais, o intercâmbio pode acabar como um sonho frustrado e arrependimento, e eu digo isso por experiência própria. A primeira vez que vim para a Inglaterra foi em 2002, depois de ganhar um concurso cultural promovido por um Jornal. Meu prêmio foi uma viagem para Brighton, com direito a um mês de curso de inglês, hospedagem em casa de família e direito a um acompanhante, no caso o meu namorado, que dois anos mais tarde veio a se tornar meu marido.

A experiência foi, no final das contas, muito legal; afinal Brighton é uma graça de cidade, a escola era bacana, nós dois viajamos bastante pela Europa nos finais de semana e aproveitamos a ocasião para fazer um “test drive” de como seria um possível casamento. Mas os fins não justificam os meios e não posso deixar de ponderar os pontos negativos da viagem...

A primeira surpresa que tivemos foi em relação à nossa host family. Diferentemente do que esperávamos encontrar, não teríamos uma Host Mother e um Host Father, mas dois Host Fathers. Nada contra casais do mesmo sexo, mas em momento algum nos foi informada a condição alternativa dos dois. Não aconteceu, mas poderíamos não ter nos sentido a vontade com nossa nova família. A host family aliás, era bem alternativa: tínhamos um irmão turco, duas irmãs chinesas e um irmão argentino. Ou seja, éramos seis irmãos, além dos dois pais e uns cinco cachorros. O esquema era como uma pensão e mal víamos nosso host fathers...

Além disso, em certa altura da estada, um de nossos pais remexeu na bagagem de nosso irmão argentino, que deu falta de coisas pessoais e foi tirar satisfações com o nosso pai filipino. Ele se defendeu dizendo que a culpa era de seus irmãos brasileiros, ou seja, minha e do Mário, e que teríamos roubado seus produtos. Um total absurdo! No final das contas, nosso pai inglês confirmou que seu companheiro teria remexido nas coisas dele, pediu desculpas e ficou por isso mesmo... Esse é o tipo de roubada, literalmente, a qual os intercambistas estão sujeitos a passar, quando optam por agências pouco sérias no Brasil para organizarem sua viagem.

O pior é que se ouve com frequência, relatos de meninas que foram cantadas por seus host fathers, meninos que se desentenderam com seus host brothers, gente que não gostou da escola e até pessoas que tiveram problemas com a documentação para entrar no UK. Como a minha viagem foi um presente, não contestei meu prêmio ou reclamei de nada, mas sei o quão grave é passar por uma situação de desamparo no exterior, onde não se fala a língua, se desconhece as leis e se está longe da família.

Por isso, antes de fechar um intercâmbio, certifique-se da credibilidade da agência, acesse o site do PROCON e veja se não há processos correndo contra ela e, acima de tudo, tente conversar com quem já viajou pela empresa. Conheço bastante gente que viajou com a EF – Education First , e sei que é uma empresa extremamente séria e competente, com opções de intercâmbios para diversas cidades do UK, incluindo Brighton, Londres, Oxford e Manchester, cidades maravilhosas! Eles oferecem diversas modalidades de intercâmbios, para pessoas com diferentes idades e interesses.

Para se inspirar, vale pedir um dos catálogos, que eles enviam gratuitamente pelo correio. Depois, é só desembarcar para curtir as maravilhas da Terra da Rainha e ter a certeza de mais do que um intercâmbio, é possível fazer um investimento no seu futuro!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Brimham Rocks e Fountains Abbey, à espera de um segundo encontro...


Visual surreal de Brimham Rocks!


Vista do topo


Rochas malucas...


Fountains Abbey


Eu nos gramadões da Abadia!


Um dos ilustres habitantes do parque!


Homenagem, ou tiração de sarro, não sei ainda, à Ana Bolena!


Fountains Abbey e suas cores impressionantes!


Sábado foi um dia bem diferente dos que tenho tido aqui no UK. A convite de um casal inglês muito simpático, eu o Mário fomos para uma região próxima à Harrogate, no North Yorkshire, conhecer uma área preservada e mantida pelo Trust, conhecida como Brimham Rocks. São aproximadamente 20 alqueires com rochas de formatos muito loucos, esculpidos pela erosão durante a última era glacial (embora eu acredite que tenha sido na penúltima, dado o frio que fazia neste dia!).

As pedras possuem formatos impressionantes, tamanhos variados e parecem se encaixar umas nas outras, apesar da distância que as separa. Muitas delas têm nomes, como “O urso dançante”, “águia, “tartaruga”, “o ídolo”, etc. O visual geral é superinteressante e, como as pedras estão no topo de uma montanha, são extremamente convidativas para uma escalada. Algumas delas são fáceis de escalar, mas outras só são alcançáveis por meio de aparelhagem apropriada. O que vale é o espírito aventureiro tomar conta, nos impulsionando para cima contra a chata gravidade.

Atingido o topo, a missão é procurar pelos conhecidos pontos de interesse da região, que se espalham num raio de até 40 milhas dali. Num dia claro, como o que fazia neste sábado, era possível enxergar entre outras coisas, o York Minster, a linda catedral de York e o “White Horse”, um enorme cavalo branco esculpido por um professor, numa montanha, 200 anos atrás. Como todo parque preservado pelo Trust, o de Brimham Rocks também tem um centro de visitantes onde se vende lembrancinhas do local e comidinhas apetitosas, além de uma área para piqueniques, perfeita para uma pausa revigorante.

Depois de nos aventurarmos escalando as rochas, fomos para outra área preservada pelo Trust perto dali, a “Fountains Abbey”. O lugar tem uma beleza natural incontestável, com rios e colinas dispersos em harmonia, povoados por pássaros, esquilos e alces, que perambulam em meio ao verde, sem medo das pessoas. Mas incontestável também foi o trabalho do homem para tornar o lugar ainda mais maravilhoso. Em 1132, 13 monges foram para o vale onde existe hoje o parque e fundaram uma das mais ricas catedrais da Europa. A catedral sobreviveu à dissolução da igreja católica por Henrique VIII e, em seus arredores, onde foi feito o parque, há duas referências à Ana Bolena: uma estátua sem cabeça (talvez as origens do humor negro dos ingleses?) e o “Anne Boleyn’s Seat”, um local no alto de uma colina de onde se tem uma das mais belas vistas do lugar.

O paisagismo que serpenteia por todo o parque, combinando gramados estupidamente grandes, com bosques encantados, dignos de contos de fadas, encerra a impressão de que se está no paraíso, em vez de um lugar que foi possivelmente, palco de grande violência no passado.

As ruínas da abadia, levemente rosadas, ainda estão de pé e hoje servem de cenário para festas de casamento e eventos variados. Na noite do sábado, se não estivéssemos tão cansados e com tanto frio, teríamos esperado para assistir o coral de crianças que faria um especial para a BBC às 10 da noite. Mas ficou para uma próxima ocasião, o que é bom também, afinal, quando não se não esgota todas as possibilidades num primeiro encontro, há sempre motivo para um segundo, quem sabe, ainda mais especial!

Um tour pela Abadia....

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Trem ou avião? Como economizar nas passagens!


Pelos trilhos ou pelo ar, seja bem-vindo ao UK!

Há um mito difundido entre os viajantes de que viajar de trem é mais barato do que de avião na Europa. Digo que é um mito porque não só algumas das famosas companhias Low Cost: Easy Jet, Ryanair, Bmibaby, Monarch e Flybe (cujos links preciosos constam na lateral direita do blog) vendem passagens que podem custar apenas 10 Libras num trecho, por exemplo, de Londres à Paris; como as companhias de trem podem oferecer passagens que chegam a custar, aproximadamente, 20 vezes mais para fazer o mesmo trecho.

O segredo para conseguir a menor tarifa e dicas para saber quando compensa viajar de avião, eu listo abaixo:

Quando compensa viajar de avião

Quando se viaja apenas com bagagem de mão, ou pouca bagagem para despachar

Muitas das Low Cost vendem trechos por 10 libras, mas cobram 15, 20, 25 Libras por mala despachada e mais libras ainda por cada quilo que excede o limite (mínimo) que cada uma impõe. As malas de mão também passam por um rigoroso processo de inspeção visual do atendente, e se ele cismar que ela é grande, vai encaixá-la em um compartimento bem apertadinho; caso não caiba, deverá ser despachada, e logicamente, estará sujeita às malditas taxas! Bolsas e sacolas são consideradas malas de mão, então é preciso colocar tudo em uma única mala, para não ser cobrado depois... Também existe a opção de acrescentar um seguro viagem, que encarece o valor do bilhete. Em suma, é importante ler os Terms and Conditions de cada cia para saber o quanto vai custar no final, a sua passagem.

Quando o tempo é curto

Não adianta colocar no papel apenas o custo, porque mochileiro que se preze está sempre com o tempo contado. Se for fazer um trecho de 10 horas de trem, que seja um trem noturno, para passar a noite e ainda economizar na hospedagem. Sendo esta a escolha, vale se certificar se há cabines duplas, ou até primeira classe, porque já passei pela experiência de dividir com quatro homens gordos e sofredores de apnéia, uma noite insone em um trem na Itália. Concluindo, perder o dia viajando é a maior roubada e no fim das contas, pode valer mais a pena pagar mais caro, mas desfrutar mais dos lugares do que ficar marcando território em cadeira de trem.

Quando alguma Cia que não é low cost, lança uma promoção

Eventualmente, cias tradicionais como British Airways, Lufthansa, KLM, etc, fazem alguma promoção e voando por elas não há uma restrição de bagagem tão severa, nem se cobra por mala despachada. Pode acabar sendo mais vantajoso embarcar num voo destes, mesmo que um pouco mais caro, do que ficar chacoalhando por horas e horas em um trem, fazendo conexões com a bagagem (o que é bem complicado, se há muita bagagem!) e perdendo um tempo precioso da viagem.

Quando é melhor optar pelo trem

Quando se tem antecedência de pelo menos 3 semanas para comprar as passagens

Tíquetes comprados com antecedência saem muito mais baratos. Se for possível comprar com três semanas, ótimo, e se tiver 12 semanas de antecedência então, eles saem infinitamente mais baratos.

Quando se conhece alguns truques:

1) Fazer bate-e-volta sai bem mais barato do que voltar no dia seguinte, e comprar o tíquete com a hora marcada (não o Open Return), significa pagar menos da metade do que a tarifa flexível. 2) Fugir dos embarques em horários de pico é fundamental para economizar. É preciso checar qual é o horário de pico estabelecido pela Cia e, se possível, comprar a passagem para antes ou depois, são os off- peak tickets.
3) Comprar dois bilhetes Single (um para ir e um para voltar) é frequentemente mais barato do que comprar um Return ticket. 4) É possível simular a compra dos bilhetes - ver os preços do trecho, os horários dos trens e detalhes das conexões, pelo site da train line e verificar como pagar menos. Caso se opte por fazer a compra online, há uma taxa pela transação e pagamento com cartão. O que eu sempre faço e aconselho fazer é imprimir a simulação da compra e ir com o papel à estação para pedir o trecho, assim, evita-se pagar as taxas e os tíquetes são imediatamente entregues, diferentemente do que acontece na compra online, em que ou os tíquetes são enviados pelo correio, ou se recebe um código para imprimi-los na estação de trem.

Quando se tem medo da imigração

Chegar por, ou sair de Heatrow vindo de Paris (e vice-versa) pode ser bem mais chato para um brasileiro do se ele chegar em uma estação de trem. Os oficiais da imigração dos aeroportos têm fama de ser mais durões na entrada dos estrangeiros do que nas estações de trem, e eu mesma ouvi muitos relatos de pessoas que concordam que isso seja verdade, por experiência própria. Há opção também de se chegar em Manchester,ou outra cidade que não Londres para evitar a alfândega-fobia!

Quando se planeja viajar muito

Se a idéia for fazer muitas viagens,ultrapassando o valor de 78 Libras em um ano, o melhor é comprar um Railcard. Existem opções de Railcards para pessoas entre 16 e 25 anos, pessoas acima dos 60 e seus acompanhantes, e pessoas com qualquer tipo de deficiência. Os preços das passagens saem por 1/3 do valor normal. É preciso, entretanto, checar se o trecho pretendido é coberto pelo card.

Se você é um caça-promoções

Há um site com promoções relâmpago onde é possível encontrar tarifas baixíssimas, como as feitas pela Megatrain.com, que na mesma linha do Megabus, vende passagens a uma Libra!

Tendo estas considerações em mente, é só traçar o roteiro e embarcar, seja por trilhos, seja por ar, para explorar essa terra linda e louca do UK!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Harrogate, um convite para um dia, ou sem data pra acabar!


O convidativo charme de Harrogate


Betty's Cafe Tea Rooms, uma perdição de lugar"


Arquitetura imponente...


Ruinhas que escondem e revelam tesouros...


Os deslumbrantes Valley Gardens!


Gramados intermináveis


Um piquenique de despedida, ou não...

Próximo à Leeds, em North Yorkshire, fica Harrogate; uma pequena cidade com um grande legado histórico. Seu passado é ainda presente na arquitetura, em suas águas e nas curiosidades que a tornaram o balneário de luxo preferido por celebridades e aristocratas da Inglaterra no final do século XIX.

Eleita uma das melhores cidades do UK para se viver, Harrogate ainda hoje é um balneário, com quase 90 nascentes de águas medicinais. No passado, a elite inglesa se reunia para relaxar nos famosos banhos reais do Turkish Baths, um spa com saunas e piscinas térmicas, um lugar onde se fazia massagens e tratamentos - de saúde e beleza. Fica num prédio vitoriano, que se por fora é modesto, em seu interior é um desbunde. O spa é ainda muito procurado e possui preços salgados. Por 2h30 de banhos e saunas se paga entre 13 e 19 Libras (dependendo do horário) e é preciso agendar com antecedência. Às quartas-feiras, entre as nove e dez da manhã e ao preço de 3 Libras, é possível fazer um tour guiado para conhecer o local.

Além de se refastelar nas famosas águas sulfurosas dos banhos, pode-se degustá-las também. A mais potente bomba de extrair água da Inglaterra ainda funciona parcialmente e hoje é um pequeno museu sobre a história do balneário, o Royal Pump Room Museum. Paguei 3 Libras para conhecer o museu, ansiosa para provar a água sulfurosa que é oferecida aos visitantes ao final do tour, mas fiquei frustrada quando me serviram a quantidade suficiente apenas para um gole. Dado o gole, logo percebi o ato gentil em regular a água, porque seu gosto é o de ovo podre com sal, não necessariamente nessa ordem! Mas enfim, se fizer bem...

Uma curiosidade que marcou a história de Harrogate foi sua ligação com o famoso desaparecimento de Agatha Christie em 1926. Por 11 dias a escritora ficou desaparecida e o UK inteiro foi acionado para encontrá-la. Ela foi descoberta em Harrogate, hospedada no Hotel Old Swan, sob o nome da amante de seu marido. Dizem que ela foi vista desfrutando da intensa vida social da cidade, tranquilamente, durante este período. Mas para encobrir o caso, ele declarou que Agatha havia tido um surto de amnésia e não sabia o que estava fazendo. A verdadeira razão entretanto, permanece um mistério. Outro escritor renomado que passou uma temporada em Harrogate foi Edward Morgan Forster, novelista famoso pelo sucesso de sua maior obra, Passagem para a Índia”. Pois é, pelo visto, as águas de Harrogate saciam também a sede de escrever!

Um lugar obrigatório para uma visita à cidade é a magnífica casa de chás Bettys Café Tea Rooms, um deleite para os sentidos e uma perdição para os bolsos. Alem dos tradicionalíssimos chás da tarde, impecavelmente servidos desde 1919, há pratos refinados para o almoço e todo o tipo de guloseima que se pode imaginar. A fila já faz parte do cartão postal na foto do lindo prédio, e seria um pecado passar por ela sem se tornar mais um entre os pacientes clientes que a compõem. Outra delícia típica de Harrogate são os caramelos da Farrahs, que desde 1840 vende o Toffel mais famoso do UK em latinhas tão fofas que vale a pena comprar mesmo sem gostar do doce!

Mas se águas milagrosas, delícias da mesa e histórias do passado não bastarem para conquistar um viajante, certamente as inúmeras lojas, os pubs, com sua forte presença na cena musical, a linda arquitetura e o paisagismo de Harrogate, explícito em seus exuberantes jardins e parques, por si só já compensam a visita!

A cidade é envolta pelo verde do Stray e se orgulha também de exibir os Valley Gardens, um parque público maravilhoso, provavelmente, com o paisagismo mais exuberante que eu já vi na vida. Árvores centenárias de cores exóticas, mescladas com gramados intermináveis, flores que parecem de mentira de tão grandes e coloridas, e muitas das fontes que deram a fama à cidade compõe um cenário idílico, com direito a esquilinhos, patinhos, velhinhos sorridentes, criancinhas serelepes e tudo mais que for no diminutivo, de tão gracioso.

Os jardins colecionam prêmios, dentre os quais o de mais belo parque da Inglaterra, concedido no ano passado; este é sem dúvida, o lugar ideal para um piquenique de despedida. Mas se for difícil deixar esta paisagem de Harrogate, basta esticar a estada um tempo e depois inventar um surto qualquer que justifique o mistério de seu desaparecimento!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Em Whitby, marinheiros de segunda viagem!


Começando pela praia, um território neutro


Atalhos para explorar Whitby!


Old Town


Eu, na fantasmagórica Whitby Abbey!


Entre as tumbas da Abadia, uma noiva...


Para fechar, um passeio pelo Píer...

Quem acompanha o blog, vai se lembrar que já escrevi sobre Whitby, a cidade litorânea em North Yorkshire que ficou famosa ao ser citada no Drácula de Bram Stoker. Mas somente após esta segunda visita, pude captar toda a atmosfera da cidade.

Cortada pelo rio Esk, onde funciona um porto, Whitby divide-se em duas partes: a Old Town e a New Town. Na primeira vez em que estive lá, conheci mais a parte antiga, a região ao redor do rio, repleta de pequenas cottages e ruas de pedra, vigiadas de cima pela St. Mary’s Church e as ruínas fantasmagóricas da Whitby Abbey (abadia do século XIII), que até hoje serve como referência aos marinheiros que navegam pela região.

Antes de retornar a estes pontos tão impressionantes de Whitby, entretanto, aproveitei a folga de tempo com o Mário para explorarmos a New Town. Então, em vez de nos emaranharmos de cara pelas ruas movimentadas de comércio, cheias de hotéis charmosos e cafés convidativos em estilo vitoriano, ascendendo pelo caminho óbvio no tempo e na história (na medida em que se avança colina acima), nós preferimos fazer o caminho inverso, e retrocedemos da New Town para a Old Town, conforme começamos o passeio pela parte moderna e alta da cidade.

Chegando à estação de trem, seguimos direto para a praia e foi lá, fora da civilização de Whitby, num caminho neutro, construído pela natureza, que traçamos nosso trajeto. Começamos com um longo passeio pela praia, nos distanciando da cidade ao máximo, até o momento em que fomos expulsos pela maré crescente do Mar do Norte para uma passarela mais acima. Caminhamos por cerca de uma hora nesta passarela, sob o vento gelado e ensurdecedor que varria a costa, apreciando de longe o píer, que viria a ser o ponto final de nossa expedição.

O Mar, cada vez mais revolto, mostrava que permanecia o mesmo que tirara a vida de milhares de marinheiros no passado e que trazia à imortalidade o Capitão James Cook, morador de Whitby por muitos anos.

Quando a cidade se perdeu de vista, tomamos um dos muitos atalhos de terra e fomos escalando até o topo da West Cliff, onde repousa a New Town. Sem bússola, sem mapas e com muito frio, embarcamos por esta viagem às avessas no tempo até atracarmos na parte mais alta da colina da cidade nova. De lá, se tem vistas da Old Town de tirar o fôlego. E impelidos (mais ou menos como em “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”) pela força da Whitby Abbey, imponentemente colocada no topo da cidade antiga, descemos rumo ao passado, para encontrar do outro lado do rio Esk, no topo do penhasco vizinho, toda a magnitude desta abadia que já tínhamos visto por fora em 2008.

Mas, desta vez, entramos na abadia. E diferentemente do que poderíamos imaginar encontrar lá, em vez de santos e pecadores, reis ou súditos, vampiros ou donzelas, encontramos quatro patinhos felizes e uma noiva. Nada mais destoante do cenário e mais apropriado, para mostrar que tudo que existe é revisitado pelo tempo, que a fronteira entre “Old” e “New” pode ser tão tênue, que subir ou descer colinas em busca deste contraste pode no final das contas somente uma ilusão (a não ser pela fadiga real que causa às pernocas!).

Famintos e um pouco espantados pela “desconstrução” da Abadia em nosso imaginário, passeamos pelas ruinhas da Old Town e fomos almoçar. Em vez do tradicional Fish and Ships do Magpie Caffe, no qual já tínhamos almoçado anteriormente, preferimos nos poupar das filas e ir a algum lugar menos disputado. A poucos metros do Magpie, encontramos o delicioso Harry’s, com pratos saborosos e preços justos. Não tem toda a história do seu concorrente, mas certamente tem uma cozinha tão ou mais competente!

Para fechar, caminhamos ao longo do píer, experientes, descolados, marinheiros de segunda viagem, para apreciar de longe o panorama completo de Whitby. E foi lá que concluímos que se tempo e espaço podem se dissolver na história; os momentos que levamos na memória são a única prova de nossa existência. E voltamos felizes à ferroviária, pensando conosco "que bom ter ao lado uma testemunha destas memórias"...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O humor inglês no entretenimento: festas divertidas e atrações típicas do UK!


Prontas pra despedida!

Uma das maiores e mais louváveis características dos ingleses, em minha opinião, é a personalidade multifacetada, paradoxal e até meio psicótica (por que não?) que eles têm. Talvez ela seja como um “mecanismo de defesa” coletivo, uma forma que o povo encontrou de se de se manter civilizado e no poder, diante de tantas guerras e reinados turbulentos. Eles conseguem conciliar o inconciliável, com seu sotaque Real contaminado por gírias, ostentando seus topetes meticulosamente desgrenhados! São tímidos e extravagantes, tradicionais e vanguardistas, cavalheiros e destrambelhados, tudo ao mesmo tempo!

Psicologismos à parte, acho que aos olhos dos outros, essa personalidade pode ser percebida como o “típico e ácido humor inglês”! E é com educação, mas ironia, que todo inglês que se preze instiga a curiosidade do mundo. Há quem ache que eles sejam frios, mas não percebem que debaixo da carapuça meio robótica que vestem, não passam de manteigas derretidas, de preferência sobre um scone, acompanhado de um chá com leite! Prova disto são as formas de se divertir que possuem!

Não pense que eles só sabem ir a pubs e beber até cair, isso é um estereótipo, apenas uma parcela do que é diversão para eles. E se você acha que os brasileiros é que dominam a arte do entretenimento, conheça algumas das divertidas estripulias que eles costumam aprontar por aqui:

Hens Night - São as despedidas de solteira: chá de panela que nada! As garotas do UK abominam o machismo e as brincadeiras monótonas... Quando vir grupos de garotas com trajes plumosos e cheios de paetês, orelhas de coelhinhas playboy e faixas com os dizeres “Hen’s Night!”, tome cuidado se for um homem! “As noites das Galinhas”, ou despedidas de solteiras no UK são tão apimentadas ou mais do que as de homens (as Stag nights, ou "noite dos veados", pode?!)! As noivas saem semifantasiadas com suas amigas e damas de honra para jantar e depois vão se acabar em alguma boate, com direito à strippers e brincadeiras cheias de malícia! No caminho, entretanto, podem abusar da fama das “galinhas” e quererem ciscar por todos os galinheiros!

Banquetes Edwardianos - São banquestes temáticos, inspirados na tradição, que hotéis e restaurantes oferecem. Custam caro, mas justificam as muitas libras, dada a quantidade enorme de comida e bebida que incluem!

Murder Misteries – Sherlock Holmes e Agatha Christie são inspirações para os famosos jogos de detetives. Restaurantes, pubs, hotéis e mesmo qualquer um que queira animar sua festa pode dar um toque de suspense com a brincadeira. Funciona assim: alguém morre em circunstâncias estranhas e cabe aos convidados, por meio de pistas e revelações, descobrir o assassino, a arma e as circunstâncias da morte. Na prática, o jogo pode acontecer de duas formas; ou se contrata atores para interagirem com os convidados e criarem o clima todo; ou é possível baixar um jogo online, no qual cada um recebe um papel para interpretar a saga, entre um drink e outro.

Ghost Walks – Não há uma cidade no Reino Unido que não promova as “caminhadas-fantasma”, passeios em grupo para percorrer lugares mal-assombrados, revivendo assassinatos, fenômenos sobrenaturais e fatos históricos aterrorizantes. Sempre haverá alguém numa praça, vestido com trajes mórbidos, segurando uma plaquinha com o anúncio das caminhadas macabras. Londres é famosa por seus roteiros malignos e pontos de interesse horripilantes. Quem tiver coragem, que pague para ver e torça para voltar inteiro para contar o que viu! Eu não tive...

Pubs com Karaoke - Os ingleses amam soltar a voz! Não à toa, saíram desta ilha longínqua no mapa, bandas como os Beatles, Rolling Stones, Oasis, os Smiths, a Lady Gaga e uma porção de talentos musicais. Talvez isso se deva aos milhares de karaokês, que invadem os pubs da noite britânica; ou até às cantorias ensaiadas nos cinemas. Sim, há diversos cinemas, como o tradicional Prince Charles, em Londres, que tem as sessões “sing-a-long”, ou seja, sessões em que o público (nem sempre afinado) é que compõe a trilha dos filmes! Haja algodão nos ouvidos pra aguentar a gritaria...

Baladas no busão – Nada mais dinâmico de que dar uma festa no busão! Os cenários mudam,as pessoas se renovam e se dança conforme as curvas! É possível alugar um ônibus de dois andares padrão, ou um mais privè, sem janelas, para festas mais quentes! O único problema deve ser o efeito da bebedeira com tamanho agito!

Bonfire Night – Todo dia 5 de novembro, os ingleses acendem uma fogueira gigantesca em parques e praças e, no topo, como num ato de inquisição, queimam um boneco de pano. O boneco representa Guy Fawkes, o mais famoso traidor da pátria (talvez depois do Príncipe Charles)! O pobre coitado tentou explodir o Parlamento Inglês há mais de 400 anos e até hoje é crucificado, ou melhor, incendiado! Tirando o lado patológico da coisa, é uma festa superdivertida! Há sempre uma maravilhosa queima de fogos, além de comes e bebes tradicionais na casa dos amigos!

Halloween - Nada mais divertido do que o Dia das Bruxas no UK! Além das inúmeras baladas temáticas, às quais o povo vai super a caráter, muita gente sai às ruas fantasiada, só pra brincar com os outros e tocar campainhas, pedindo guloseimas!

Chás da Tarde – O chá é tão parte da vida no UK que é como uma instituição. Tem até o Conselho do Chá, que debate os benefícios da infusão, sugere receitas especiais e lista os melhores locais onde degustar da bebida! Os chás são frequentemente tema de festas e há lugares badaladíssimos, como o Ritz de Londres, que servem os mais requisitados chás do Reino, num clássico ponto de encontro dos ingleses.

Festas à fantasia – Assim ficou até batido... Com tantas celebrações fantasiosas, nem precisavam fazer festas à fantasia; mas eles fazem! E não são pouca coisa não. Tudo com muita produção. Além disso,o povo adora sair às ruas fantasiado, mesmo sem ter a festa alguma para ir...

No fundo, acho que faz parte do imaginário do britânico ser eternamente criança, brincar, levar o lúdico ao cotidiano... Algo que faz todo sentido, se lembrarmos que quem escreveu Peter Pan foi Sir James Matthew Barrie, um escocês!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Made in UK! Fotos de coisas malucas!

Uma imagem vale mais do que mil palavras, pelo menos diz o ditado. Então, seguem milhares de palavras sobre o UK, sobre coisas que são absolutamente estranhas no Brasil, mas que aqui, muitas vezes são mais do que comuns, são típicas!


Não só busões de 2 andares, mas também os busões-balada!


Lojas psicodélicas, como a All Saints, que não vende máquinas Singer!


O carro do Mr Bean!!


Penteados alternativos!


O humor ingês!


Pessoas malucas! Where is Wally??!


Casas minúsculas!


Pubs malucos!


Veículos alternativos!


O gado peludo das Highlands!


Homens de saias!!


Patinhos migrando para o verão...


Verdadeiros shows nos metrôs londrinos


Guardinhas da Rainha!


Pessoas imunes ao frio!


Um orgulho gay tão orgulhoso!!!


A queima de Guy Fawkes na fogueira todo 5 de novembro na Bonfire Night!