terça-feira, 21 de outubro de 2008

Um cenário de cinema chamado Robin Hood’s Bay!


Casas na ladeira



Praia de pedras...


Mar de telhados


Natureza selvagem


Vista do penhasco


Arranjo de marujo










O que hoje é uma tetéia turística encravada nas íngremes colinas da costa norte da Inglaterra, esconde (ou revela, ainda não sei...) um passado arqueológico riquíssimo, histórias de pirataria, paixões proibidas, crimes e perseguição. A 3 horas de Manchester, e a 40 minutos de ônibus (Arriva, Número 93, saindo da estação ferroviária de hora em hora) de Scarborough, fica a mágica Baía de Robin Hood.

Milhões de anos atrás, a região que hoje abriga a pequena vila era mar profundo. Por conta disso, é lá um dos melhores sítios para pesquisa de fósseis em UK. Com o passar do tempo, formou-se a baía, que por volta do ano de 1500, foi colonizada pelos noruegueses, atraídos pelo solo fértil e abundância de peixes. Dado o relevo tortuoso da baía, a ocupação destes marinheiros migrantes gerou muitas vielas, ruas estreitas, passagens subterrâneas, becos sem saída...

Muitos marinheiros foram atraídos pela fama do local e assim, a baía acabou chamando a atenção de piratas, que saqueavam as embarcações, e de contrabandistas, que revendiam os peixes roubados. Com isso, brigas, mortes, prisões, vinganças, fugas espetaculares, crimes, paixões... Formava-se o cenário perfeito para inspirar histórias de cinema.

O nome da baía permanece um mistério. Não há registro algum de que o folclórico Robin Hood tenha passado pela baía. O que se cogita é que derive da lenda antiga de Robin Hood, nome de um espírito da floresta, que era amplamente difundido pelo país muito tempo antes de surgir o mito do caridoso ladrão!

A verdade é que essa herança fora-da-lei, tão bem preservada, faz da baía um imã para cultuadores do imaginário, um ponto de convergência de poetas, marujos pretensos ou de fato, mulheres românticas e apreciadores de um quase anônimo refúgio da natureza. Sim, porque a natureza hostil do lugar também atrai animais selvagens, como patos e gansos, que em meio ao vento ensurdecedor que varre a baía, se banham nas águas geladas, entre rochedos e algas, num ritual bonito de se observar...

E é só isso ó que nos cabe diante de um cenário tão mítico, intocado e diversificado: observar, ser expectador de um filme que há muito começou e que se depender da magia do lugar, nunca vai terminar de rodar...


O barulho do vento, o silêncio do mar e o caminhar do Mário


Um comentário:

Elaine Leme disse...

Sempre gostei da lendária história de Robin Hood´s. Já cheguei até a sonhar que eu era ele. rs

O filminho está inspirador.