segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Londres: mesmo quando é ruim, é bom!!


Vista do Tâmisa: não dá vontade de voltar???


Quidam no Albert Hall


Mário e eu no Albert Hall


Quando soube que meu sogro viria passar uma semana aqui em casa, tratei de organizar uma agenda de eventos para garantir que ele aproveitasse o máximo de UK. A primeira de muitas das acrobacias que precisei fazer durante estes dias, foi conseguir ingressos para assistirmos ao Cirque du Soleil, a 22 Libras cada um. Isso porque, a idéia inicial era a de assistirmos ao jogo de futebol Brasil X Itália, mas com ingressos a 70 Libras, tratei de mudar de foco e de palco para entreter o sogrão.

Quidam, o novo show da trupe foi no majestoso Albert Hall, em Londres. Como já tinha assistido ao Saltimbanco e ao Afrika! Afrika! (em Manchester), que segue a linha do Cirque, acabei ficando meio desapontada com o Quidam. Só pelo fato de assistir o espetáculo num teatro e não numa tenda, já é esquisito. Não há um clima inicial, nem tendas com música, bar, restaurante temáticos ou as ornamentações circences dando o clima que antecede a apresentação. O show é menos ousado nas performances dos atletas, ou atores; com exceção das pequenas meninas orientais que dão um baile de coordenação e graça com pequenos jabolôs. Aliás, todo o show parece ser inspirado nas cordas e algumas palhaçadas. Nada de surpreendente, que me fizesse querer sair de lá e ir direto para a academia ou me dependurar em postes e paredes, como aconteceu no Saltimbanco e no Afrika!

Levemente decepcionada com o Quidam, esperei por fortes emoções no Aquário de Londres, a parada do dia seguinte na capital inglesa. Cenário de algumas das cenas do filme Closer, em frente ao Tâmisa e ao elefante de Dalí, o aquário também decepcionou... Pagamos metade do ingresso, porque apenas metade das atrações está aberta ao público em função de uma reforma completa do aquário. Bom, nem é preciso dizer que não teve nem metade da graça que esperávamos. Mesmo assim, valeu como passeio para entreter a "sogritude"...

Saindo do aquário, fomos almoçar num buffet chinês logo na entrada do prédio. Logicamente, que fomos lá por conta do "eat as much as you can", por 5 Libras. Bom, o clichê veio a calhar e o barato saiu caro, porque apesar da boa aparência do buffet, a comida era bem gordurosa e, se por um lado não pesou nada no bolso, por outro, pesou o dia inteiro no estômago!

Ainda pegamos muita chuva, muito vento, muito frio. Fomos à Harrods, lotada e fora do nosso escopo financeiro; fomos à City, monumetal e inacessível; fomos ao Palácio de Buckinham, mas não teve troca da guarda; fomos a um Cirque menor, a um aquário mutilado, a um chinês indigesto... E perdemos um jogão do Brasil (2 a 0 para o Brasil!), porque a partida foi bem no horário do nosso trem de volta para Manchester!

Entretanto, nem todas as programações foram mal sucedidas. Andando sem rumo pela Regents Street, nós nos deparamos com uma mega store da National Geografic!
Pois é, o que conhecemos como uma revista de povos e culturas é uma instituição de expedições e de caráter científico que tem, além de inúmeros projetos pelo mundo, uma loja imensa de departamentos, com produtos que vão desde as tradicionais revistas até roupas e equipamentos especiais para viagens aventura e objetos de decoração.

Dentre algumas das "atrações" da primeira loja da National, que foi inaugurada neste mês, está uma câmara projetada para reproduzir as condições climáticas do ártico, onde pode-se testar as vestimentas térmicas da grife; uma ala com fotografias premiadas e que estão à venda, brinquedoeca, um café gourmet maravilhoso e uma atmosfera mágica, que parece nos transportar para as páginas da revista. Ah, para quem preferir ser atendido em português, procure pela simpatissíssima Gabriela, que trabalha lá! Uma passada na National pode restaurar as energias e dar um pique extra para explorar a capital!

National à parte, pode parecer que esse é um post baixo astral, meio garota-enxaqueca, meio nora em neura; mas não desanime; saiba que apesar de ter sido quase tudo meia-boca, Londres é como chocolate: "mesmo quando é ruim é muito bom! E deixa na boca gosto de quero mais, gosto de felicidade, saudade... Mesmo em crise, mesmo no inverno, mesmo com azar, Londres dá gosto de voltar!

Um comentário:

Anônimo disse...

Há coisas assim mesmo, na vida. Minha sábia avó dizia que "marido, escova de dentes e piano, antes ruím do que nenhum." Talvez se possa completar com: "Londres, antes ruim do que não ir." Meio estranho, mas talvez haja uma conjunção de ícones, emblemas, signos e significâncias que justifiquem qualquer sacrifício. Parabéns pela ousadia de revisitar felicidades sem deixar o indigesto tirar o gosto de quero mais...
YBM