quarta-feira, 6 de outubro de 2010
O humor inglês no entretenimento: festas divertidas e atrações típicas do UK!
Prontas pra despedida!
Uma das maiores e mais louváveis características dos ingleses, em minha opinião, é a personalidade multifacetada, paradoxal e até meio psicótica (por que não?) que eles têm. Talvez ela seja como um “mecanismo de defesa” coletivo, uma forma que o povo encontrou de se de se manter civilizado e no poder, diante de tantas guerras e reinados turbulentos. Eles conseguem conciliar o inconciliável, com seu sotaque Real contaminado por gírias, ostentando seus topetes meticulosamente desgrenhados! São tímidos e extravagantes, tradicionais e vanguardistas, cavalheiros e destrambelhados, tudo ao mesmo tempo!
Psicologismos à parte, acho que aos olhos dos outros, essa personalidade pode ser percebida como o “típico e ácido humor inglês”! E é com educação, mas ironia, que todo inglês que se preze instiga a curiosidade do mundo. Há quem ache que eles sejam frios, mas não percebem que debaixo da carapuça meio robótica que vestem, não passam de manteigas derretidas, de preferência sobre um scone, acompanhado de um chá com leite! Prova disto são as formas de se divertir que possuem!
Não pense que eles só sabem ir a pubs e beber até cair, isso é um estereótipo, apenas uma parcela do que é diversão para eles. E se você acha que os brasileiros é que dominam a arte do entretenimento, conheça algumas das divertidas estripulias que eles costumam aprontar por aqui:
Hens Night - São as despedidas de solteira: chá de panela que nada! As garotas do UK abominam o machismo e as brincadeiras monótonas... Quando vir grupos de garotas com trajes plumosos e cheios de paetês, orelhas de coelhinhas playboy e faixas com os dizeres “Hen’s Night!”, tome cuidado se for um homem! “As noites das Galinhas”, ou despedidas de solteiras no UK são tão apimentadas ou mais do que as de homens (as Stag nights, ou "noite dos veados", pode?!)! As noivas saem semifantasiadas com suas amigas e damas de honra para jantar e depois vão se acabar em alguma boate, com direito à strippers e brincadeiras cheias de malícia! No caminho, entretanto, podem abusar da fama das “galinhas” e quererem ciscar por todos os galinheiros!
Banquetes Edwardianos - São banquestes temáticos, inspirados na tradição, que hotéis e restaurantes oferecem. Custam caro, mas justificam as muitas libras, dada a quantidade enorme de comida e bebida que incluem!
Murder Misteries – Sherlock Holmes e Agatha Christie são inspirações para os famosos jogos de detetives. Restaurantes, pubs, hotéis e mesmo qualquer um que queira animar sua festa pode dar um toque de suspense com a brincadeira. Funciona assim: alguém morre em circunstâncias estranhas e cabe aos convidados, por meio de pistas e revelações, descobrir o assassino, a arma e as circunstâncias da morte. Na prática, o jogo pode acontecer de duas formas; ou se contrata atores para interagirem com os convidados e criarem o clima todo; ou é possível baixar um jogo online, no qual cada um recebe um papel para interpretar a saga, entre um drink e outro.
Ghost Walks – Não há uma cidade no Reino Unido que não promova as “caminhadas-fantasma”, passeios em grupo para percorrer lugares mal-assombrados, revivendo assassinatos, fenômenos sobrenaturais e fatos históricos aterrorizantes. Sempre haverá alguém numa praça, vestido com trajes mórbidos, segurando uma plaquinha com o anúncio das caminhadas macabras. Londres é famosa por seus roteiros malignos e pontos de interesse horripilantes. Quem tiver coragem, que pague para ver e torça para voltar inteiro para contar o que viu! Eu não tive...
Pubs com Karaoke - Os ingleses amam soltar a voz! Não à toa, saíram desta ilha longínqua no mapa, bandas como os Beatles, Rolling Stones, Oasis, os Smiths, a Lady Gaga e uma porção de talentos musicais. Talvez isso se deva aos milhares de karaokês, que invadem os pubs da noite britânica; ou até às cantorias ensaiadas nos cinemas. Sim, há diversos cinemas, como o tradicional Prince Charles, em Londres, que tem as sessões “sing-a-long”, ou seja, sessões em que o público (nem sempre afinado) é que compõe a trilha dos filmes! Haja algodão nos ouvidos pra aguentar a gritaria...
Baladas no busão – Nada mais dinâmico de que dar uma festa no busão! Os cenários mudam,as pessoas se renovam e se dança conforme as curvas! É possível alugar um ônibus de dois andares padrão, ou um mais privè, sem janelas, para festas mais quentes! O único problema deve ser o efeito da bebedeira com tamanho agito!
Bonfire Night – Todo dia 5 de novembro, os ingleses acendem uma fogueira gigantesca em parques e praças e, no topo, como num ato de inquisição, queimam um boneco de pano. O boneco representa Guy Fawkes, o mais famoso traidor da pátria (talvez depois do Príncipe Charles)! O pobre coitado tentou explodir o Parlamento Inglês há mais de 400 anos e até hoje é crucificado, ou melhor, incendiado! Tirando o lado patológico da coisa, é uma festa superdivertida! Há sempre uma maravilhosa queima de fogos, além de comes e bebes tradicionais na casa dos amigos!
Halloween - Nada mais divertido do que o Dia das Bruxas no UK! Além das inúmeras baladas temáticas, às quais o povo vai super a caráter, muita gente sai às ruas fantasiada, só pra brincar com os outros e tocar campainhas, pedindo guloseimas!
Chás da Tarde – O chá é tão parte da vida no UK que é como uma instituição. Tem até o Conselho do Chá, que debate os benefícios da infusão, sugere receitas especiais e lista os melhores locais onde degustar da bebida! Os chás são frequentemente tema de festas e há lugares badaladíssimos, como o Ritz de Londres, que servem os mais requisitados chás do Reino, num clássico ponto de encontro dos ingleses.
Festas à fantasia – Assim ficou até batido... Com tantas celebrações fantasiosas, nem precisavam fazer festas à fantasia; mas eles fazem! E não são pouca coisa não. Tudo com muita produção. Além disso,o povo adora sair às ruas fantasiado, mesmo sem ter a festa alguma para ir...
No fundo, acho que faz parte do imaginário do britânico ser eternamente criança, brincar, levar o lúdico ao cotidiano... Algo que faz todo sentido, se lembrarmos que quem escreveu Peter Pan foi Sir James Matthew Barrie, um escocês!
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