segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Brimham Rocks e Fountains Abbey, à espera de um segundo encontro...
Visual surreal de Brimham Rocks!
Vista do topo
Rochas malucas...
Fountains Abbey
Eu nos gramadões da Abadia!
Um dos ilustres habitantes do parque!
Homenagem, ou tiração de sarro, não sei ainda, à Ana Bolena!
Fountains Abbey e suas cores impressionantes!
Sábado foi um dia bem diferente dos que tenho tido aqui no UK. A convite de um casal inglês muito simpático, eu o Mário fomos para uma região próxima à Harrogate, no North Yorkshire, conhecer uma área preservada e mantida pelo Trust, conhecida como Brimham Rocks. São aproximadamente 20 alqueires com rochas de formatos muito loucos, esculpidos pela erosão durante a última era glacial (embora eu acredite que tenha sido na penúltima, dado o frio que fazia neste dia!).
As pedras possuem formatos impressionantes, tamanhos variados e parecem se encaixar umas nas outras, apesar da distância que as separa. Muitas delas têm nomes, como “O urso dançante”, “águia, “tartaruga”, “o ídolo”, etc. O visual geral é superinteressante e, como as pedras estão no topo de uma montanha, são extremamente convidativas para uma escalada. Algumas delas são fáceis de escalar, mas outras só são alcançáveis por meio de aparelhagem apropriada. O que vale é o espírito aventureiro tomar conta, nos impulsionando para cima contra a chata gravidade.
Atingido o topo, a missão é procurar pelos conhecidos pontos de interesse da região, que se espalham num raio de até 40 milhas dali. Num dia claro, como o que fazia neste sábado, era possível enxergar entre outras coisas, o York Minster, a linda catedral de York e o “White Horse”, um enorme cavalo branco esculpido por um professor, numa montanha, 200 anos atrás. Como todo parque preservado pelo Trust, o de Brimham Rocks também tem um centro de visitantes onde se vende lembrancinhas do local e comidinhas apetitosas, além de uma área para piqueniques, perfeita para uma pausa revigorante.
Depois de nos aventurarmos escalando as rochas, fomos para outra área preservada pelo Trust perto dali, a “Fountains Abbey”. O lugar tem uma beleza natural incontestável, com rios e colinas dispersos em harmonia, povoados por pássaros, esquilos e alces, que perambulam em meio ao verde, sem medo das pessoas. Mas incontestável também foi o trabalho do homem para tornar o lugar ainda mais maravilhoso. Em 1132, 13 monges foram para o vale onde existe hoje o parque e fundaram uma das mais ricas catedrais da Europa. A catedral sobreviveu à dissolução da igreja católica por Henrique VIII e, em seus arredores, onde foi feito o parque, há duas referências à Ana Bolena: uma estátua sem cabeça (talvez as origens do humor negro dos ingleses?) e o “Anne Boleyn’s Seat”, um local no alto de uma colina de onde se tem uma das mais belas vistas do lugar.
O paisagismo que serpenteia por todo o parque, combinando gramados estupidamente grandes, com bosques encantados, dignos de contos de fadas, encerra a impressão de que se está no paraíso, em vez de um lugar que foi possivelmente, palco de grande violência no passado.
As ruínas da abadia, levemente rosadas, ainda estão de pé e hoje servem de cenário para festas de casamento e eventos variados. Na noite do sábado, se não estivéssemos tão cansados e com tanto frio, teríamos esperado para assistir o coral de crianças que faria um especial para a BBC às 10 da noite. Mas ficou para uma próxima ocasião, o que é bom também, afinal, quando não se não esgota todas as possibilidades num primeiro encontro, há sempre motivo para um segundo, quem sabe, ainda mais especial!
Um tour pela Abadia....
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