segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Durham, entre os 15 destinos imperdíveis do UK!


Bem-vindo à Durham


No topo, as mais belas construções...


O Castelo...


... E a Catedral!

Enquanto no Brasil todos pensam no futuro, com o resultado das eleições, estou eu aqui pensando no passado, na incerteza de um futuro verde e amarelo (até porque no dia 31 de outubro, estarei comemorando o Dia das Bruxas por aqui, mas torcendo pras bruxas não estarem à solta por lá, com suas urucas almadiçoando o segundo turno),divagando sobre reinados normandos e peregrinações em busca dos restos mortais de São Beda, “o Venerável”, enterrado próximo ao rio Wear, que abraça a cidade de Durham . Parece piada, mas não é.

Durham é um condado no nordeste da Inglaterra, onde está esta pequena cidade, construída em 995 numa península e envolta pelo curvilíneo rio Wear. Repousam neste pedaço de passado, algumas das construções mais interessantes do Reino Unido. E é conjunto da obra o que torna Durham o décimo terceiro melhor destino do UK, de acordo com a Conde Nast Traveller, considerada aqui como a bíblia dos viajantes.

Caminhando pelas ruinhas tortuosas, cheias de lojinhas e restaurantes, não se imagina que no ponto mais alto da pequena cidade há um espaço reservado para cultivar as mais altas ambições do homem: o conhecimento e o poder. Lá, no topo de tudo, sobre um gramado extenso e simétrico, estão a imponente catedral e o Castelo de Durham, que ficam lado a lado, numa colina. A Catedral ainda serve ao seu propósito religioso; já o Castelo, serviu de palácio episcopal até 1832, quando foi vendido pelo bispo Willian Van Mildert, que destinou parte da renda para fundar a terceira universidade britânica. Pagando cinco Libras é possível subir os 365 degraus que conduzem à torre da catedral, e de lá ter uma vista 360 graus da cidade. E com três libras é possível fazer um tour guiado pelas dependências ainda preservadas do Castelo.

Nós, no entanto, não pudemos conhecer o castelo-universidade, porque por coincidência, estávamos na cidade no final de semana que antecedia o início das aulas e os estudantes estavam chegando aos seus novos lares. Durham estava lotada de calouros, festas de recepção e pais aflitos indo entregar suas crias ao mundo. Sim, enquanto o cordão umbilical é cortado por volta dos 30 anos de idade no Brasil, na Inglaterra este corte ocorre aos 16 anos, com a entrada dos teenagers em colleges e universidades. Bandos deles circulavam pelas ladeiras históricas de Durham, carregados de travesseiros e sorrisos, orgulhosos e temerosos pelo que estava por vir.

Mas além da vida acadêmica, Durham é famosa também por seus museus. O Oriental Museum; o Bowes Museum, que fica fora do centro da cidade; e o incrível Beamish Museum, que recria numa fazenda de 300 acres, o estilo de vida das pessoas entre 1800 e 1900, época da Revolução Industrial na Inglaterra. É um museu vivo, com pessoas a caráter, vivendo num ambiente idêntico ao que existia na época. Vale ressaltar que todos os museus fecham por volta das 16h30, 17 horas e alguns deles não funcionam aos sábados. Por conta disso, também não conseguimos visitar o Crook Hall, uma propriedade Medieval preservada (que tem fama de ser mal-assombrada pela Dama de Branco), com lindos jardins de filme e labirintos de plantas, chamados “maze”, para a gente se perder...

Às margens do rio Wear, não para se perder, mas para se encontrar num ambiente de paz e tranquilidade, vale percorre algumas das muitas trilhas, coloridas agora pelos tons dourados e vermelhos da estação. Além desta natureza natural, Durham ainda ostenta um Jardim Botânico, com coleções de plantas e flores raras, perfeitas para ambientarem um piquenique, caso tanta história e caminhadas abram o apetite.

Como faltaram atrações para completarmos o roteiro, certamente, em algum ponto desta nova estada pelo UK, voltaremos para lá. Só espero que até este dia chegar, o Brasil já tenha definido seus próximos governantes e minha viagem de volta ao passado possa ter também um gostinho de futuro...



A Catedral, o castelo e o outono de Durham!

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