sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

London 6: sem pôr a mão no bolso!



Que Londres é uma cidade cara é algo consensual entre os viajantes do mundo, mas o que falta ressaltar nas rodinhas dos mochileiros é que a terra da rainha também tem muitas atrações gratuitas! Esse é o caso, por exemplo, da maioria dos grandes museus de Londres.

A National Portrait Gallery, na Trafalgar Square; o Victoria & Albert Museum, no South Kensington; e a Tate Modern (que atualmente está com uma exposição de arte conceitual do artista Cildo Meireles), em Bankside, são alguns deles. Todos imperdíveis para os apreciadores da arte!

Aos que adoram uma vitrine, visitar as lojas de departamentos, como a Harrods, a Selfridges, a Debenhams, e Hause of Fraser é um passeio obrigatório. Além de lojas de roupas, acessórios, equipamentos esportivos, eletrônicos e objetos de decoração, todas possuem área gourmet e são palco de eventos, não raro com a presença de celebridades lançando seus perfumes, livros, grifes, ou mesmo fazendo compras.

Para sentir o espírito londrino em sua raiz, entretanto, uma alternativa são os mercados de rua. Um dos mais interessantes é o Covent Garden, que além de boutiques variadas, tem mercearias de frutas, verdura, flores e é reduto de performances de artistas e músicos, para o deleite da platéia.

Notting Hill, o bairro imortalizado por Julia Roberts e o legítimo inglês, Hugh Grant, no filme ”Um lugar chamado Notting Hill” merece uma visita não só para que se tente encontrar a dita “porta azul”, cenário de muitas de suas cenas, pois, além de também sediar em agosto o maior carnaval de rua da Europa, o bairro abriga a Portobello Road. É lá onde acontece o Portobello Market, uma junção de vários mercados em um, onde se vende principalmente objetos de decoração e de design de segunda mão. Não há nada mais cool do que ter em casa “street art de Portobello Market”!

Outro mercado de rua que merece uma visita é o Camden Market, que vende desde roupas alternativas e objetos vintage até móveis. Bem próximo a ele, em Islington, fica a Camden Passage, uma rua de pedras onde charmosos cafés se mesclam entre lojas de antiguidades. O passeio pelos mercados não custa nada, mas corre-se o risco de acabar com as economias diante de tantas opções de compras...

Risco esse que não existe ao assistir a tradicional Troca da Guarda. O evento que acontece (diz a lenda, diariamente, mas isso não é verdade!) no pátio da frente do Palácio de Buckingham, a meu ver é um “mico essencial”! Faz parte do sonho do viajante assistir os soldadinhos marchando como robôs, mesmo que seja no meio de uma multidão enlouquecida com suas polaróides em mãos. Então, para não perder nada entre uma marchinha e outra é preciso chegar bem cedo, antes das 11 da manhã e torcer para não ser surpreendido com um aviso de última hora “No Guard Changing Cerimony Today”, (Não haverá cerimônia de Troca da Guarda hoje) como já aconteceu várias vezes comigo...

Uma ótima alternativa é também conhecer os parques londrinos. O Hyde Park, que já foi o lugar preferido de Henrique VIII para caçar e que mais tarde serviu de refúgio da peste negra por parte da população londrina, e o Regent’s Park, onde está o zoológico da cidade, são os mais bonitos em minha opinião. Algumas horas caminhando em seus gramados, ou fazendo um piquenique às margens de seus lagos, podem ajudar a recarregar as baterias entre um dia e outro de muita agitação na capital inglesa.

Além destas atrações, andar pela Picaddily Circus, com seu tão célebre placar eletrônico, pela Oxford Road e Regent Street, ruas deslumbrantes; sentar-se num final de tarde em frente a uma das fontes da Trafalgar Square e apreciar o show de suas águas; cruzar o Tamisa sobre a Tower Bridge e a Ponte do Milênio, enquanto pessoas correm para malhar ou para não perder a hora no trabalho; visitar a Catedral de Saint Paul e a Abadia de Westminster e deparar-se com um lindo recital, são todas, possibilidades gratuitas que a cara Londres dispõe ao visitante ao preço de sua simples curiosidade.

Por isso, é possível desfrutar boa parte dos fascínios de Londres sem colocar a mão no bolso, gastando apenas um pouco da sola dos sapatos, e talvez, um passe de metrô!

Um comentário:

Elaine Leme disse...

Oi, Mazinha...

seus textos são os melhores!
Que bom para os visitantes e ingleses que conseguem ter bons passeios sem gastar muita grana...em São Paulo ta longe de ter todas essas atrações gratuitas...engraçado que no Rio (hoje eu to aqui) tem muitos lugares que vale a pena sua visita e não tem custo nenhum.

Ma, desejo a vc e seu maridão um feliz 2009 com muitas coisas boas que a vida pode dar.

Obrigada sempre por compartilhar histórias, pensamentos e vivencias; Amo vc.